quinta-feira, 26 de abril de 2012

Templo de Apolo

Olá, pessoal!
Bom dia!

Vou disponibilizar um site para quem quer se 'aprofundar' em História, Mitologia, não só Grega, mas também de outras civilizações.
Lá vocês poderão esclarecer e visualizar muitas coisas que talvez, devido ao pouco tempo, não tenham sido apresentadas ou foram comentadas rapidamente.

O site é: http://www.templodeapolo.net/index.asp

Abraços,

Stefania.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Slides de Revisão - Poesia Épica

Fichamento: PESSANHA, Nely Maria. Características básicas da epopéia clássica. In: APPEL, Dier Myrna & GOETTEMS, Miriam Barcelos (org.). As Formas...

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DA EPOPÉIA CLÁSSICA

Poesia épica é a palavra que narra algo em determinado tipo de verso, cedo desvencilhado do acompanhamento musical. Epopéia é a criação narrativa em versos. Assim é que a epopéia clássica é toda ela tecida no verso hexâmetro dactílico.

Era costume na Grécia, desde os tempos da pré-história, preservar a memória dos grandes feitos e daqueles que, por suas façanhas, elevaram-se acima da medida do homem comum e ganharam a estatura de heróis. Os poemas homéricos seguem a esteira desta tradição, pois, ao narrarem a gesta dos Aqueus, valem-se de uma matéria mítica que tem um referente histórico, mas que é, sobretudo, um patrimônio imorredouro de sua coletividade.

Octaviano Paz: “... o poema é um produto histórico, filho de um tempo e de um lugar, mas também é algo que transcende o histórico...”.

Emil Staiger diz que epopéia é apresentação. Ela apresenta os fatos, ou seja, torna presente o passado, presentifica tudo aquilo que é digno de ser rememorado.

Este tempo passado que nos narra Homero tem um referente histórico e, conforme nos ensina a História e comprovam os dados da Arqueologia, se situa na idade do Bronze da Grécia pré-histórica. O poeta não o apresenta, contudo, de maneira cristalina. É ele revelado como uma mescla, um amálgama de elementos vários da tradição heróica, que abarcam desde os tempos da Creta minóica até a contemporaneidade do poeta. Como vemos, a epopéia clássica nutre-se de uma matéria a ela preexistente, relíquia de toda uma comunidade: o passado em sua dimensão histórico-mítica.

O poeta não recorda o passado; não faz voltar de novo ao coração as emoções nele advindas. Mas rememoriza-o, faz com que ele volte a lembrança, por considerá-lo tempo arquetípico, tempo ideal e, por isso mesmo, merecedor de consagração.

Narrador: Onisciente e onipresente, tudo sabe, tudo vê, a tudo assiste. Isto porque é ele o intérprete do canto da Musa.[...] Face à matéria narrada assume uma visão objetiva e não crítica. Registra, conta, apresenta os acontecimentos, mas se isenta de revelar seus sentimentos ou de julgá-los. Para que este distanciamento possa operacionalizar-se, predomina a narração em terceira pessoa.

Estrutura: Distinguem-se três partes: proposição, invocação e narração. Na proposição, o poeta apresenta, de maneira sintética, o tema a ser narrado. Na invocação, o poeta solicita que a Musa lhe faça dom da inspiração poética. A narração é a própria trama. A proposição e a invocação constituem o exórdio do poema. Esta estrutura tem uma explicação: articular a diversidade dos fatos a serem narrados na unidade da ação que o poeta privilegia.

Na Ilíada, a narração ainda que estruturada sob a forma de episódios, segue a lei da sucessão do tempo cronológico.

Quanto à Odisséia, costuma-se dividi-la em três partes: a Telemaquia (cantos I a IV), as Aventuras de Ulisses (cantos V a XIII), o Retorno e reintegração do herói em Ítaca (cantos XIV a XXIV). Ora, estas três podem ser subdivididas em episódios menores, possuidores, cada qual, de uma estrutura autônoma. Estas micronarrativas são como fios dispersos que foram cuidadosamente entrelaçados, de forma a constituir um novelo. Mas o fio primeiro não se mostra fácil. Encontra-se oculto na urdidura da trama. Assim é que a narração inicia-se in medias res.

A narração da epopéia clássica se estrutura em episódios. Esta característica fundamental deixa evidente que o narrador, sendo onisciente, quer mostrar tudo, anão se preocupando em atingir um fim. Daí comprazer-se nos pormenores, nas minúcias, o que, no nosso entender, constitui outros verdadeiros episódios. Sob esta ótica, podem ser enfocadas as digressões, as descrições tão caras ao poeta épico. No entanto, o ritmo lento da narração é freqüentemente acelerado, adquirindo um tom que poderíamos dizer dramático pelo uso do discurso direto, de comparações e, até mesmo, pela técnica do flash-forward que projeta o destino dos personagens.

Na epopéia clássica, personagens humanos e divinos são postos, lado a lado, num interagir constante. Os personagens humanos da epopéia têm uma ancestralidade notável por suas memoráveis façanhas ou por sua origem, muitas vezes divina. O herói épico é, pois, portador de uma areté, isto é, de qualidade no mais alto grau de excelência – areté guerreira.

Fichamento: PEREIRA, Maria H. da Rocha. Estudos de História da Cultura Clássica – Cultura Grega. 7ªed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1993. (p. 49-67).

1. A Questão Homérica

Quem fala dos Poemas Homéricos não pode deixar de fazer uma alusão, por breve que seja, à Questão Homérica, ou seja, ao problema da sua autoria e data de composição. Na verdade, diversas incongruências e repetições levaram a supor que deviam ter sofrido interpolações ou acrescentos. (Analíticos x Unitários).

As dificuldades são, efectivamente, muitas. Uma está na linguagem, onde há formas de diversas épocas e elementos de nada menos de quatro dialectos diferentes, quer dizer, uma língua artificial, que não deve nunca ter sido falada. Para complicar a questão, passa-se outro tanto no domínio da arqueologia, sem que haja concordância entre estratos lingüísticos e estratos arqueológicos.

Milman Parry: Chegou à conclusão de que os Poemas Homéricos assentavam numa técnica de improvisação oral, que explicaria as repetições e pequenas incongruências da narrativa. Esses poemas repetem freqüentemente epítetos e até versos inteiros, porque eram obra de improvisação oral, que necessariamente tem de ter pontos de apoio, frases armazenadas, que dêem tempo de pensar no verso seguinte, enquanto se vai cantando o anterior. Os nomes dos heróis como os seus atributos ocupam meio verso ou mesmo um inteiro.

Esses epítetos não são, porém, empregados ao acaso. Embora condicionados pela métrica, a sua presença ajuda a caracterizar o herói e a insistir sobre qualquer qualidade sua, que naquele momento tem relevância especial. É freqüente que cada herói ou povo tenha os seus epítetos distintivos, os quais, conforme a descoberta do Prof. Page, ascendem, em grande parte à época micênica. Estas observações conduzem-nos de novo a outro aspecto da questão, aquele que se relaciona com a historicidade da Ilíada.

Heinrich Schliemann: Principiou, em 1871, a efectuar escavações na colina de Hisarlik (na atual Turquia, a Nordeste da Ásia Menor) e encontrou aí, não uma cidade só, mas sete cidades sobrepostas, das quais uma especialmente opulenta, a que ele chamou de Tróia II e supôs ser a homérica.

W. Dörpfeld: Identificação da cidade de Príamo com a Tróia IV, em 1894, que tinha restos de cerâmica idênticos aos que haviam encontrado em Micenas e Tirinto.

C. Blegen: Os resultados apontavam para a hipótese de se ter fundido na memória dos homens a riqueza da Tróia VI. Os trabalhos de Blegen mostravam ainda que a civilização da Tróia VI trouxera consigo a domesticação do cavalo e parecia ter agüentado um longo cerco, a avaliar pelas precauções tomadas para preservar alimentos. Com todos estes factos se levantara a Questão de Tróia.

Manfred Korfmann: Em 1981, tinha recomeçado as escavações na zona da Tróade. Os dados consistiam no seguinte: Mostraram que era nesse lugar que os navios tinha de esperar que amainassem os fortes ventos do Noroeste. Logo, quando Homero dá a Tróia o epíteto de ventosa, estava aí uma prova, entre várias outras. Nessa área apareceu grande quantidade de cerâmica micênica, o que prova pelo menos a existência de comércio entre os dois povos. Outros resultados das escavações são a descoberta de um cemitério onde se encontravam exemplos de duas práticas funerárias que geralmente se opõem: a cremação e a inumação. Não há, portanto, motivos para duvidar de que a Tróia VI era a Tróia homérica, e de que o autor da Ilíada conhecia bem os lugares que descreve.

Fichamento: VIDAL-NAQUET, Pierre. O mundo de Homero. Trad. Jônatas Batista Neto. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. (p. 13-22; 121-129).

1. Pequena história de dois poemas

Existem histórias sobre a vida de Homero, mas elas são totalmente lendárias. Se ele era tido como cego é porque os antigos consideravam, talvez não sem razão, que a memória de um homem era mais extraordinária quando ele se encontrava desprovido de visão.

Sete cidades da Grécia asiática, mais precisamente da Jônia e da Eólia disputavam as honra de lhe terem dado nascimento: Esmirna e a ilha de Quios (onde ainda hoje nos mostram a “pedra de Homero”).

Existiu um Homero, dois Homeros e até, como alguns pensaram, uma multidão de Homeros? Na ilha de Quios havia os chamados homéridas, que se diziam descendentes de Homero e constituíam um grupo de rapsodos que cantavam os poemas de seu pretenso antepassado.

Rapsodo: Ele estende o bastão, num gesto oratório, e de sua boca escapam palavras ou versos de um poema épico. Homero não era um rapsodo, era um aedo.

Aedo: Significa cantor. Os poemas homéricos eram compostos e cantados por aedos que se acompanhavam com um pequeno instrumento de cordas, a phórminx.

A Ilíada e a Odisséia datam dos derradeiros anos do século IX a.C. ou já do século VIII, sendo a Ilíada anterior à Odisséia por alguns decênios. Esses poemas eram destinados a serem recitados para um auditório de homens ricos e poderosos, capazes de ir à guerra, pois no século VIII passa a existir a pólis, como um grupo de homens livres que diz “nós” ao falar em nome de todos. As cidades, nesse século, eram capazes de tomar coletivamente decisões importantes.

A fixação dos textos Ilíada e Odisséia se deu, segundo alguns especialistas, quando Pisístrato, um “tirano”, decidiu realizar uma edição oficial. Mas foi em 1488 que, pela primeira vez, os poemas homéricos foram impressos, e isso se deu em Florença, na Itália. Foram redigidos numa língua parcialmente artificial que repousa sobre dois dialetos: o jônico e o eólio. Os versos têm uma forma chamada de hexâmetro dactílico. Cada medida é composta por uma sílaba longa e duas breves (um dáctilo) ou então por duas longas (um espondeu).

2. As questões homéricas

Os antigos não a haviam propriamente levantado. Eles só tinham posto em dúvida a autenticidade de um ou de outro verso. No final do século XVII e, sobretudo, na segunda metade do século XVIII, a poesia homérica aparece então como uma poesia “primitiva”, obra não de um ou mesmo de dois poetas, mas de bardos populares que recorriam a um tesouro lendário. De imediato, a Ilíada e a Odisséia passam a ser encaradas como obras de múltipla autoria.

Porém, foi só no século XX que se descobriu pelo menos uma chave para o estudo dos poemas homéricos como poesias orais. Os personagens da epopéia não são citados simplesmente, mas são sempre acompanhados por uma série de epítetos, constantemente repetidos. Por vezes, versos inteiros e até grupos de versos são repetidos. Chama-se hoje esse estilo de “estilo formular”, descoberto por Milman Parry.

Epítetos e fórmulas têm uma função bem precisa: repousar o aedo durante a sua recitação, que adquire assim um caráter automático, e lhe fornecer “pausas” que permitam estender ou, pelo contrário, restringir a narrativa, à sua vontade.

Um estudo atendo nos mostrou, especialmente a Adam Parry, filho de Milman, que um personagem como Aquiles, o principal herói da Ilíada, usava uma linguagem bem peculiar. Ele utiliza, é verdade, o discurso formular, mas com variantes próprias. Os materiais pertencem ao estoque do repertório épico, mas a combinação é única.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Sala e horário da exibição do documentário

Bom dia, pessoal!
Ontem reservei nossa sala e nos encontraremos amanhã (12/04/12), na sala 401 do bloco B, às 16h.
Abraços,
Stefania.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Documentário History Channel

Olá, pessoal!
Estou disponibilizando aqui os links dos documentários sobre a "Odisseia" citados na aula de quarta-feira (04/04/12). Vocês também podem encontrá-los no site do History Channel.

a' ) Confronto dos Deuses - Ulisses: A maldição dos mares

b') Confronto dos Deuses - Ulisses: A vingança do guerreiro

Não se esqueçam nunca de entrar no blog, pois ele é o nosso espaço de comunicação. Através dele disponibilizaremos sempre materiais de apoio extras.
Também confirmarei, na próxima semana, a sala onde nos encontraremos para a exibição do documentário "Troia" do NGC, no dia 12/04/12 às 16h
Bom Feriado!
Abraços,
Stefania